sexta-feira, 29 de abril de 2011

O tempo...

Curioso como o tempo, à medida que passa, transfere um sentimento de reinício em nossas vidas, mesmo quando fica impresso em nossas memórias sentimentos de frustrações.

Nossa vida transcorre como um jogo virtual em que, de tanto planejarmos, projetarmos e tomarmos decisões, nos esquecemos dos imprevistos. E é aí que está a mágica do jogo: quanto mais o tempo passa, mais surpresas aparecem. E, junto com as surpresas, vêm, algumas vezes, as frustrações, as decepções e as desilusões.

Contudo, parece que o tempo e a vida apresentam e inserem as surpresas desagradáveis como uma maneira de preparar o terreno para depois plantar uma surpresa enviada no tempo certo — não antes, nem depois—. É como lançar uma semente frutífera de bela árvore a um punhado de terra exatamente no momento em que, por fim, estava revirado, bagunçado, perfurado, molhado e isolado, mas preparado — ainda que não o soubesse — para nutri-la e fazê-la crescer.

No final das contas, as frustrações, as decepções e as desilusões não agridem nossa a terra — embora isso doa muito às vezes —, mas a adubam para o plantio. E, assim que chega a semente e estamos prontos, basta curtir o crescimento da árvore e voltar a fazer novos planos, projetos e tomadas de decisão em busca dos frutos.


O tempo perfura e revira nossa vida para plantar árvores belas e frutíferas.