terça-feira, 10 de maio de 2011

A batalha final...

Viver é vencer diariamente batalhas de uma guerra que à morte pertence.

Não sei se algum outro grande filósofo, autor, comentarista, artista, ... já exprimiu essa frase antes mim. Em caso positivo, desculpas, pois ela foi resultado reflexão própria, sem cópias. Entretanto, por talvez ser uma conclusão tão banal, talvez outros já a tenham expressado. Em caso de necessidade, eu corrijo e cedo o devido crédito. Ao comentário:

Há um bom tempo essa reflexão ocupa pequena parte do meu tempo. Contudo, até então não conseguia finalizar ou concluir essa metáfora, por mais que me esforçasse.

Somente agora, diante da iminência, proximidade e irreversibilidade do único evento certamente inevitável na vida — a morte —,  as palavras se organizaram. E como a vida parece insignificante sob essa ótica.

Pensar que, no final das contas, seremos derrotados pela morte na guerra por nossas vidas significa que tomar vacinas, cuidar da saúde, fazer transplantes, transfusões, tratamentos, esportes, controle alimentar, RCP, ... só vai adiar a última batalha. Ou seja, a vida é um confronto em que a última batalha não será vencida por nós.

Ainda que possa parecer inútil lutar, a questão não é deixar de batalhar ou de sequer entrar na guerra; nem mesmo se há algum motivo para batalharmos e lutarmos — sabemos que há, para cada pessoa, alguma razão.

O grande dilema é este: como saber que a campanha realizada foi magnífica, digna, esplêndida e que, por fim, é a hora de ingressar na última batalha? Como saber se ainda vale a pena entrar em batalhas nas quais apenas haverá baixas e um doloroso e sofrido retardo do confronto final? Vencer duas ou três batalhas antes da última vale a pena, ainda que a duras penas?

Essa é a grande dúvida, pois, se decidir essa hesitação da consciência já seria algo difícil individualmente — eu mesmo não sei realmente se preferiria ir direto à última batalha — , o que fazer caso você passasse a ser o estrategista da guerra de outrem e, portanto, a escolha pelo fim coubesse a você?

Quanto a mim, reflito, calculo e peso, mas não sei...

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